TCU desmente Pazuello: nenhum hacker ‘adulterou’ o aplicativo TrateCov

Para quase todos os sintomas relatados, o aplicativo sugeria remédios comprovadamente ineficazes contra o novo coronavírus

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Apoie Siga-nos no

Uma análise conduzida por auditores do Tribunal de Contas da União concluiu que o aplicativo TrateCov não foi adulterado por um hacker, como alegou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello durante depoimento?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> à CPI da Covid.

Segundo o general, o aplicativo, criticado por sugerir remédios comprovadamente ineficazes contra o novo coronavírus para quase todos os sintomas relatados, teria sido “hackeado por um cidadão”.

“Tem uma investigação que chega nesse cidadão, ele foi descoberto, pegou o diagnóstico, alterou dados e colocou na rede pública”, disse o militar à CPI. A pedido da comissão, o TCU investigou o programa e concluiu que não houve adulteração e que “a indicação pelo usuário do TrateCov de quaisquer dois sintomas é suficiente para a aplicação web exibir o diagnóstico” de Covid-19. Os detalhes da apuração foram divulgados neste sábado 31 pelo jornalista Chico Alves, do UOL.

Em depoimento à CPI em maio, a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, já havia desmentido a alegação de ‘hackeamento‘. Ela, no entanto, acusou um jornalista de ter feito uma “extração indevida de dados” com a consequência de “trazer um prejuízo às pessoas que poderiam ser beneficiadas”.

 


 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.